quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Guimarães Jazz arranca evocando Miles Davis.


Durante dez dias, Guimarães voltará ser a capital do jazz em Portugal, com a realização de um festival que vai já para a 18.ª edição e que marca o panorama jazzístico nacional. Os primeiros acordes soam no próximo dia 12.

Cabe ao espectáculo "Kind of blue @ 50" - celebração de um disco, de Miles Davis, considerado por muitos como o melhor de sempre - abrir o festival.

"Temos um percurso notável num longo caminho a nível de programação e espaços de actuação", considerou José Bastos, director da Oficina, uma das entidades co-organizadoras do Guimarães Jazz, ontem, em conferência de Imprensa de apresentação do programa, no Centro Cultural Vila Flor (CCVF).

O festival decorrerá, neste ano, nos moldes que já vêm sendo habituais e apresentará um programa diversificado que se estende pelo grande auditório do CCVF, pelo Centro de Espectáculos São Mamede e pela sede da Associação Convívio. "O festival é um processo em que o nível médio é muito elevado e torna-se difícil conseguir outra situação parecida com esta. Mas talvez daqui a dois anos estejamos a dizer o mesmo", alertou Ivo Martins, director do certame, referindo-se à qualidade do evento.

Além dos concertos no CCVF, a grande particularidade é a realização das Oficinas de Jazz e das Jam Sessions. "As oficinas são dirigidas por músicos dos Estados Unidos que vão estar em Guimarães e serão responsáveis pelas actividades formativas, enquanto as Jam Sessions são concertos fora de horas, mais informais, que proporcionam um contacto mais directo com o público".

Os mentores do Guimarães Jazz olham para um horizonte temporal que os levará a 2012, ano em que a cidade será Capital Europeia da Cultura (CEC). Nesse âmbito, José Bastos releva a importância de captação de novos públicos e de um nível que em 2012 pode atingir o auge. "Com a CEC, podemos criar condições para atingirmos o patamar mais alto e a partir daí o Guimarães Jazz manter-se nesse nível".

O trio do pianista Hank Jones, o quarteto de Branford Marsalis, o quinteto de George Colligan, o Overtone Quartet (com Jason Moran, Dave Holland, Chris Potter e Eric Harland), Cassandra Wilson e Dave Douglas são os outros nomes que compõem o núcleo duro do cartaz.

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